quarta-feira, agosto 10, 2011

Plano de negócios: ter ou não ter, eis a questão?

4 afirmações sobre o plano de negócios:
  1. O modelo tradicional de plano de negócios é enrolado
  2. Sem planejamento você não vai a lugar nenhum
  3. Foque em 3 pontos: produto, clientes e finanças
  4. O plano de negócios precisa ser revisado constantemente
Plano de negócios
Cuidado com a enrolação
O modelo tradicional de plano de negócios é enrolado
O modelo tradicional normalmente leva alguns meses para ser escrito e dificilmente é lido por alguém.
Sabendo disso, é fundamental pensar em um modelo de planejamento que seja mais eficiente para auxiliar o início da sua empresa. Portanto, recomendo o artigo O primeiro plano de negócios planejamento que sua empresa precisa fazer.
Sem planejamento você não vai a lugar algum
Deixar de escrever um documento formal não significa que você não precise de planejamento. Lembre-se do gato de Alice “Se você não sabe para onder ir, qualquer caminho serve”.
Para matar a cobra e mostrar o pau, seguem os primeiros documentos que fizemos para planejar a Empreendemia:
  • Apresentação em Power Point – 9 slides foram suficientes pra nos dar uma visão geral da empresa. Além do mais, é muito mais fácil revisar um Power Point do que um documento completo.
  • Premissas, marcos e tarefas – As premissas são as hipóteses sobre o que fará a empresa dar certo. Os marcos são seus objetivos que mostram que o plano está progredindo. As tarefas são uma simples lista das coisas que você precisa fazer no dia-a-dia para alcançar os marcos.
Foque em 3 pontos: produto, clientes e finanças
Uma empresa funciona assim: produz algo (produto), entrega isso a pessoas (clientes) em troca de dinheiro (finanças). Ou seja, todo o resto das análises precisa te auxiliar a fortalecer esses fatores.
Segue uma lista das coisas mais importantes que você precisa saber sobre cada ponto.
  1. Cliente
    • Quem é meu cliente?
    • Como chego até ele (canais de vendas)?
    • Qual problema que ele tem que eu consigo resolver (análise de mercado)?
  2. Produto
    • Como meu produto resolve o problema que o cliente tem?
    • Qual a melhor forma de entregar o produto para o cliente (canais de distribuição)?
    • Qual o diferencial do meu produto em relação aos concorrentes?
  3. Finanças
    • Quais meus custos fixos para manter a empresa funcionando?
    • Quanto eu gasto para produzir e vender (investimento em propaganda) cada unidade?
    • Quanto o cliente está disposto a pagar por cada unidade (preço)?
    • Quantos clientes eu preciso conseguir para cobrir meus custos fixos (ponto de equilíbrio ou break even)?
    • Quanto tempo eu levo até recuperar meu investimento inicial (retorno do investimento ou payback)?
O plano de negócios precisa ser revisado constantemente
Se você está pensando “Caramba! Eu não tenho uma resposta precisa para essas perguntas!”, saiba que isso não é um problema.
Como o Polvo Paul não está mais entre nós, posso afirmar que ninguém consegue prever o futuro. Se você ainda não tem uma informação, faça uma estimativa (nome bonito para “chute”) e conforme você trabalha, aí sim você terá essas informações e fará uma estimativa cada vez mais precisa.
Com isso em mente, é essencial saber que é mais importante revisar constantemente o plano do que ter alta precisão nas estimativas iniciais. Como já dizia o ditado:
“Planeje o trabalho. Trabalhe o plano.”
Lembre-se que Planejar um negócio é dar direções a ele, não uma coleira.
Conclusão: Pode ser que você precise escrever o documento formal, ou não
Para receber investimento, provavelmente será necessário um plano de negócios. Aí sim você precisará gastar um bom tempo escrevendo o documento.
Caso isso não aconteça, registre suas hipóteses em outro formato, trabalhe para ver se elas fazem sentido, revise o plano constantemente e seja um empreendedor mais feliz!
Abraços,
Millor Machado (sem medo de chutar)

Para se aprofundar no tema, confira nossa sessão sobre Plano de Negócios.

DEPRECIAÇÃO: Receita publica orientação !!!

De acordo com o entendimento da Receita, enquanto vigora esse regime de transição, as empresas devem aplicar as regras contábeis da Lei nº 11.638, de 2007.

Laura Ignacio e Fernando Torres

A Receita Federal divulgou uma orientação aguardada pelas empresas com expectativa em razão das inúmeras dúvidas, que ainda persistem, em relação ao Regime Tributário de Transição (RTT). Por meio do Parecer Normativo nº 1, publicado ontem no Diário Oficial da União, a Receita falou oficialmente pela primeira vez sobre o tema, deixando claro que durante o processo de adaptação das companhias às normas contábeis internacionais, não haverá mudanças nas regras do Fisco sobre a depreciação do ativo imobilizado.
O RTT é o regime de apuração do lucro real criado pela Medida Provisória nº 449, de 2008, em razão das alterações na Lei das SA. A Lei nº 11.638, de 2007, e artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, alteraram a legislação societária brasileira para adaptá-la às normas contábeis internacionais.
De acordo com o entendimento da Receita, enquanto vigora esse regime de transição, as empresas devem aplicar as regras contábeis da Lei nº 11.638, de 2007. Mas devem calcular a depreciação para fins fiscais de acordo com o regulamento atual do Imposto de Renda (IR). Por essa regra, por exemplo, um veículo deprecia-se em cinco anos, um imóvel em 20 e máquinas levam de cinco a dez anos. A depreciação é dedutível da base de cálculo do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O impacto financeiro da medida é grande e pode alcançar milhões de reais, principalmente para a indústria de base, como usinas hidrelétricas e mineradoras. Tanto que o parecer é visto por especialistas como uma das medidas do governo federal para incentivo da indústria no país. “Uma indústria naval, por exemplo, teria um crédito de R$ 20 milhões com o uso da norma antiga. Porém, com as novas normas contábeis, teria R$ 40 milhões de imposto a pagar”, diz o advogado Sérgio Presta, do Azevedo Rios, Camargo, Seragini e Presta Consultores e Advogados.
Por isso, de acordo com o parecer da Receita, o eventual ajuste que for feito na conta de resultados da empresa pelo fato de ela ter que se submeter à nova lei contábil e societária, deve também gerar um ajuste no Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real), de maneira que os reflexos fiscais do que foi lançado na contabilidade da companhia sejam neutralizados. Desde 2010, as empresas são obrigadas a se submeter ao RTT.
Segundo advogados, não há notícias de empresas autuadas por aplicação equivocada do RTT. “Mas o mercado sentia-se inseguro”, afirma o advogado Fábio Calcini, do Brasil Salomão & Mathes. A Receita já havia respondido – no mesmo sentido do parecer – a pelo menos três soluções de consulta de empresas sobre os impactos fiscais das novas regras contábeis. No entanto, uma solução de consulta só gera efeito para a empresa que pediu uma resposta da Receita sobre determinado assunto. Agora, com o parecer, o efeito desse entendimento é geral. Segundo a Receita informou por nota, “o parecer deve ser observado pelos fiscais e contribuintes”. De acordo com Alexsandro Broedel, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que determina as regras contábeis das companhias abertas no Brasil, o documento deve contribuir para que as empresas se sintam seguras sobre a efetiva neutralidade fiscal.
Até mesmo entre as quatro grandes firmas de auditoria e consultoria havia posições divergentes a respeito da validade do RTT para a depreciação. A Deloitte, por exemplo, dizia aos clientes que, em caso de revisão da tabela de depreciação, não poderia haver compensação para fins fiscais. A PwC tinha entendimento contrário. Segundo Sérgio Rocha, sócio de impostos da Ernst & Young Terco, a empresa que se portou de maneira contrária ao parecer da Receita em 2008 e 2009, quando o RTT ainda não era obrigatório, pode reverter o que foi feito anteriormente ou entrar com ação judicial.
Além da questão da depreciação, sempre houve dúvidas sobre a validade do RTT para o cálculo do tamanho do ágio por expectativa de rentabilidade futura e sobre o custo do empréstimo para a compra de máquinas e equipamentos, que deixa de entrar como despesa nos balanços. Em relação ao último ponto, Miguel Silva, do Miguel Silva & Yamashita Advogados, diz que o Parecer Normativo nº 127, de 1973, da Receita deixa claro que a despesa financeira ligada à compra de ativo imobilizado é dedutível para fins de IR, independentemente da nova norma contábil. Especialistas, porém, discordam, ao avaliar se o parecer normativo publicado ontem sugere que esse será o entendimento da Receita para todos os temas de divergência.
Fonte: Valor Online

O que fazer quando tá tudo dando errado !!!

Empreender sempre foi e sempre será extremamente difícil, porém não é impossível. Porém, sempre haverá momentos em que tudo parece dar errado. Porém, é possível superar esses momentos.
Apesar de estar passando por uma ótima fase na Empreendemia, nós já passamos e ainda passaremos por muitos momentos em que tudo parecia estar perdido, em que o bicho pegou, a porca torceu o rabo, a cobra fumou, etc. Confira as lições aprendidas.
Como lidar com crises
"Nãããããooooo!!!"
Aceite que você está lascado
Nelson Mandela já dizia “Corajoso não é quem não sente medo, é quem age mesmo com medo.”.  O mesmo vale para o sucesso. Sucesso não é a ausência de problemas, é seguir em frente mesmo com eles.
Outro grande líder, Forrest Gump, já dizia “Merd*s acontecem.”. Saber disso faz muita diferença pra quem quer chegar mais longe. Entenda que uma hora ou outra as coisas vão dar errado, aceite isso e siga em frente.
O mesmo vale pra hora que o problema acontece. Negar que o problema existe não vai resolvê-lo. Ao invés disso, a primeira atitude de quem quer resolver um problema é bater no peito com orgulho e falar “Deu merd*!”.
Obs.: Na verdade, o primeiro ponto é esfriar a cabeça. Tomar atitudes de cabeça quente é pedir pro problema aumentar. Agradecimento a nosso leitor Bento pela sugestão.
Normalmente as coisas não são tão ruins quanto parecem ser
Se você acha que sua vida é uma porcaria e as coisas não poderiam ficar piores, saiba que você é no mínimo ingênuo. As coisas sempre podem ficar piores.
Na grande maioria das vezes, ao analisar friamente um problema você percebe que ele é menor do que realmente parece ser no momento em que você estava gritando os piores palavrões da língua portuguesa.
Quando tudo parecer perdido, lembre-se que você não está soterrado a 700 metros de profundidade numa mina de carvão.
Crie um plano de saída
Estar na m*rda é normal, ficar nela não. Por isso, você precisa pensar em formas criativas de sair dela. Ficar reclamando nunca levou ninguém a lugar nenhum, planejamento e ação sim.
Para fechar meu argumento com chave de ouro, te faço uma pergunta: Você já viu Chuck Norris reclamando?
Conclusão: Aprenda com os erros e siga em frente
Uma das frases mais sábias desse blog foi “Se for pra errar, erre em algo inédito”. Ou seja, errar é humano, mas ficar repetindo o erro é sacanagem né?
Essa história de que o erro é a melhor fonte de aprendizado é uma meia verdade, já que o aprendizado verdadeiro ocorre quando você faz algo e acerta. O erro é um meio para o aprendizado, não o fim.
Abraços,
Millor Machado (distante da m*rda, por enquanto)

10 perguntas fundamentais para analisar uma nova oportunidade !!!

A dica de hoje foi dada por Joaquim José Rodrigues Torres (Joca) em seu blog Joca on stuff
Nunca vi em nenhuma organização uma situação em que abundavam os recursos e havia escassez de oportunidades. Via de regra sempre há muitas oportunidades pela frente e não sabemos qual ou quais perseguir, pois não conseguimos perseguir todas já que não temos os recursos necessários (tempo, dinheiro ou pessoa) disponíveis.
Nessas situações gosto de usar o modelo de análise de oportunidade proposto por Marty Cagan.
Respondendo a um conjunto de 10 perguntas pode-se ter melhor base para decidir se vale ou não a pena ou perseguir um determinada oportunidade agora, ou se é melhor deixar para reavaliá-la no futuro. As perguntas são bem simples:
  1. Qual problema vai resolver? (proposição de valor)
  2. Para quem esse problema será resolvido? (mercado alvo)
  3. Qual o tamanho dessa oportunidade? (tamanho do mercado)
  4. Que alternativas existem? (cenário competitivo)
  5. Por que somos os melhor qualificados para perseguir essa oportunidade? (nossa diferenciação)
  6. Por que agora? (janela de oportunidade)
  7. Como levaremos essa oportunidade ao mercado? (estratégia de lançamento)
  8. Como vamos medir o sucesso e ganhar dinheiro com esse produto? (métricas e receita)
  9. Que fatores são críticos para o sucesso? (requisitos essenciais)
  10. Dado o acima, qual a recomendação? (go ou no-go)
As perguntas 1 a 4 servem para entender melhor a oportunidade.
As 5 e 6 são bem interessantes pois não basta só entender a oportunidade e ela ser muito boa. É preciso ter certeza de que esse é o momento certo e que nós somos os melhores qualificados para perseguir essa oportunidade.
Da 7 a 9 são perguntas do tipo “e se…”, ou seja, supondo que se decida por perseguir essa oportunidade, como ela vai ser levada ao mercado, como será medido o sucesso e que fatores são críticos para o sucesso.

Esse tipo de análise é fundamental tanto para lançar novos produtos dentro da sua empresa ou iniciar um produto a partir disso. Lembrando que se você quiser se aprofundar no tema desenvolvimento de produtos, vale a pena conferir nosso livro: Desenvolvimento de produtos sem enrolação.
Se quiser se aprofundar no assunto, dia 28/05/2011 começa o Mockup, nosso curso online sobre como começar sua empresa.
O curso será dado por nós e contaremos como foi nosso aprendizado desde a concepção da ideia da Empreendemia até dicas de sobrevivência pro dia-a-dia.
Se você quer começar sua empresa de base tecnológica ou quer reavaliar estratégias de crescimento, aproveite a chance de aprender com nossa experiência. Confira a grade do curso aqui.